Alguns estudos foram realizados para avaliar o impacto da asma e seu tratamento (com corticoides inalados e outros medicamentos de controle) no crescimento.
21 estudos sugerem que a asma por si só, principalmente os casos mais graves e/ou descontrolados, podem prejudicar o crescimento da criança.
Duas revisões de ensaios clínicos mostraram uma pequena redução média no crescimento linear (-0,91cm/ano para beclometasona, -0,59cm/ano para budesonida, e -0,39/ano para fluticasona) no primeiro ano de tratamento com corticosteroides inalados em crianças pré-púberes com asma persistente.
Uma revisão mais recente mostrou que a maioria dos estudos observacionais da vida real não encontrou efeitos significativos dos corticosteroides inalados no crescimento de crianças asmáticas.
Quinze estudos mostraram que a manutenção de corticosteroides sistêmicos poderia causar uma supressão no crescimento em crianças com asma grave, mas outros controladores, como cromonas, montelucaste, salmeterol e teofilina não tiveram efeitos adversos significativos no crescimento.
Assim foi possível concluir que a asma grave e/ou descontrolada pode prejudicar o crescimento da criança. O uso regular de corticosteroides inalados pode causar uma redução pequena no crescimento em crianças com asma, mas os benefícios para o controle da asma superam os potenciais efeitos adversos no crescimento.
É recomendado, então, o uso de doses minimamente eficazes de corticosteroides inalados e o monitoramento regular da altura da criança durante a terapia com corticosteroides inalados.
